Petróleo - uma bolha especulativa no ouro negro?
Por estes dias o preço do petróleo vence patamar atrás de patamar, incluindo o dos $75, com várias consequências negativas - inflação-importada, dificuldades acrescidas com as contas externas, e empobrecimento, porque gastamos mais com esse input fundamental das nossas vidas.
Existem factores fundamentais que justificam, pelo menos parcialmente, as recentes subidas. Refiro-me aos aumentos do consumo energético da China e da India, à instabilidade política gerada pela corrida nuclear do Irão, às políticas da OPEP para reduzir a expansão da oferta e, claro, ao desaparecimento das reservas petrolíferas no futuro.
Um cenário simpático - de mal, o menos! - é o de estarmos a viver uma bolha especulativa no preço do petróleo, alimentada pelos contratos de futuro. O Wall Street Journal discutia recentemente essa possibilidade.
A apreensão relativamente ao preço do petróleo justifica a compra de contratos de Futuros, que permitem fixar hoje o preço de compra para daqui a três, seis ou nove meses. Parte dessas compras de Futuros têm como contrapartida investidores que vendem Futuros, precavendo-se com a compra imediata de Petróleo, que é armazenado até ao momento de vencimento dos contratos. Isto tem gerado stocks enormes de petróleo, o que significa uma pressão acrescida do mercado à vista, que tem de satisfazer não apenas a procura contemporânea mas também a acumulação de stocks. E o preço tem disparado em consonância. A impossibilidade prática de continuar neste processo de acumulação de stocks, devia gerar uma redução dos preços. E isso era uma boa notícia.
Existem factores fundamentais que justificam, pelo menos parcialmente, as recentes subidas. Refiro-me aos aumentos do consumo energético da China e da India, à instabilidade política gerada pela corrida nuclear do Irão, às políticas da OPEP para reduzir a expansão da oferta e, claro, ao desaparecimento das reservas petrolíferas no futuro.
Um cenário simpático - de mal, o menos! - é o de estarmos a viver uma bolha especulativa no preço do petróleo, alimentada pelos contratos de futuro. O Wall Street Journal discutia recentemente essa possibilidade.
A apreensão relativamente ao preço do petróleo justifica a compra de contratos de Futuros, que permitem fixar hoje o preço de compra para daqui a três, seis ou nove meses. Parte dessas compras de Futuros têm como contrapartida investidores que vendem Futuros, precavendo-se com a compra imediata de Petróleo, que é armazenado até ao momento de vencimento dos contratos. Isto tem gerado stocks enormes de petróleo, o que significa uma pressão acrescida do mercado à vista, que tem de satisfazer não apenas a procura contemporânea mas também a acumulação de stocks. E o preço tem disparado em consonância. A impossibilidade prática de continuar neste processo de acumulação de stocks, devia gerar uma redução dos preços. E isso era uma boa notícia.