Legados governamentais
Cenário pessimista
O Eng. António Guterres legou-nos umas engenhosas SCUT. O Eng. José Sócrates lega-nos um aeroporto e um TGV inúteis - tão dispendiosos que para cobrir os custos operacionais e os encargos com o investimento exigem preços estratoesféricos. Para chegar à OTA, partindo do centro de Lisboa, é um calvário chato e caro. Nos antípodas de Barcelona. Lisboa ganha má fama. O TGV anda às moscas. A CP e a Refer são ainda mais deficitárias. Portugal é apenas uma urbe esquisita e fica conhecido como Ilha da Páscoa.
Cenário optimista
O Eng. António Guterres legou-nos umas engenhosas SCUT. O Eng. José Sócrates lega-nos umas visionárias infraestruturas - o Aeroporto da Ota e uma rede de TGV. O TGV é um sucesso, sempre cheio. Madrilenos desaguam continuadamente em Lisboa e no Porto, para negócios e turismo. Todo o sul da Europa guerreia por um lugarzinho no TGV para Lisboa. O trânsito automóvel entre Lisboa e o Porto cai 50%. A OTA é um "Hub" incontornável - Barajas já era.
Seja patriota, seja optimista!
Adenda 1
O Jornal de Negócios traz hoje, 9 de Fevereiro, alguns dados sombrios.
Num artigo de opinião ("Que pólos de competitividade para Portugal?") , Francisco Jaime Quesado, Gestor do Programa Operacional Sociedade do Conhecimento, dá-nos conta de um estudo da ONU ("Prospectivas de Urbanização do Mundo, Departamento dos Assuntos Económicos e Sociais das Nações Unidas), que prevê o crescimento da população urbana portuguesa, com o aumento da Região da Grande Lisboa dos 3,8 milhões de pessoas em 2000 para 4,5 milhões em 2015 (45,3% do total da população portuguesa), tornando-se a terceira maior capital metropolitana da União Europeia, a seguir a Londres e a Paris, a par do crescimento da Área Metropolitana do Porto, para 23,9% da população portuguesa. As restantes áreas urbanas contarão com uns magros 8,3% da população total, e o mundo rural terão apenas os remanescentes 22,5%. A metropolização da capital, a continuar, traduzirá o falhanço do desenvolvimento das cidades médias e do combate à desertificação do interior, com o correspondente afastamento da Europa das Cidades e das Regiões.
Adenda 2
Na sua primeira crónica semanal no jornal Público, do dia 16 de Fevereiro de 2007, o Prof. Luís Campos e Cunha retoma um aspecto da sua entrevista televisiva, o da necessidade de implementar a breve trecho reformas na Administração Pública (economizadoras...). E termina com uma tipologia dos legados possíveis do Governo em que participou: "Em conclusão, dentro de três ou quatro meses, saberemos como classificar o actual Governo. Se um governo de reformas estruturais, na Segurança Social (regime geral e função pública), nos impostos, nos custos salariais do Estado, na reorganização do ensino e da saúde, no apoio a idosos pobres. Se um governo do congelamento das propinas, do desrespeito pela independência das autoridades reguladoras, da gestão política de empresas públicas, da concentração de poderes, da TLEBS, dos "grandes" projectos injustificados".
O Eng. António Guterres legou-nos umas engenhosas SCUT. O Eng. José Sócrates lega-nos um aeroporto e um TGV inúteis - tão dispendiosos que para cobrir os custos operacionais e os encargos com o investimento exigem preços estratoesféricos. Para chegar à OTA, partindo do centro de Lisboa, é um calvário chato e caro. Nos antípodas de Barcelona. Lisboa ganha má fama. O TGV anda às moscas. A CP e a Refer são ainda mais deficitárias. Portugal é apenas uma urbe esquisita e fica conhecido como Ilha da Páscoa.
Cenário optimista
O Eng. António Guterres legou-nos umas engenhosas SCUT. O Eng. José Sócrates lega-nos umas visionárias infraestruturas - o Aeroporto da Ota e uma rede de TGV. O TGV é um sucesso, sempre cheio. Madrilenos desaguam continuadamente em Lisboa e no Porto, para negócios e turismo. Todo o sul da Europa guerreia por um lugarzinho no TGV para Lisboa. O trânsito automóvel entre Lisboa e o Porto cai 50%. A OTA é um "Hub" incontornável - Barajas já era.
Seja patriota, seja optimista!
Adenda 1
O Jornal de Negócios traz hoje, 9 de Fevereiro, alguns dados sombrios.
Num artigo de opinião ("Que pólos de competitividade para Portugal?") , Francisco Jaime Quesado, Gestor do Programa Operacional Sociedade do Conhecimento, dá-nos conta de um estudo da ONU ("Prospectivas de Urbanização do Mundo, Departamento dos Assuntos Económicos e Sociais das Nações Unidas), que prevê o crescimento da população urbana portuguesa, com o aumento da Região da Grande Lisboa dos 3,8 milhões de pessoas em 2000 para 4,5 milhões em 2015 (45,3% do total da população portuguesa), tornando-se a terceira maior capital metropolitana da União Europeia, a seguir a Londres e a Paris, a par do crescimento da Área Metropolitana do Porto, para 23,9% da população portuguesa. As restantes áreas urbanas contarão com uns magros 8,3% da população total, e o mundo rural terão apenas os remanescentes 22,5%. A metropolização da capital, a continuar, traduzirá o falhanço do desenvolvimento das cidades médias e do combate à desertificação do interior, com o correspondente afastamento da Europa das Cidades e das Regiões.
Adenda 2
Na sua primeira crónica semanal no jornal Público, do dia 16 de Fevereiro de 2007, o Prof. Luís Campos e Cunha retoma um aspecto da sua entrevista televisiva, o da necessidade de implementar a breve trecho reformas na Administração Pública (economizadoras...). E termina com uma tipologia dos legados possíveis do Governo em que participou: "Em conclusão, dentro de três ou quatro meses, saberemos como classificar o actual Governo. Se um governo de reformas estruturais, na Segurança Social (regime geral e função pública), nos impostos, nos custos salariais do Estado, na reorganização do ensino e da saúde, no apoio a idosos pobres. Se um governo do congelamento das propinas, do desrespeito pela independência das autoridades reguladoras, da gestão política de empresas públicas, da concentração de poderes, da TLEBS, dos "grandes" projectos injustificados".