sábado, abril 29, 2006

Petróleo - uma bolha especulativa no ouro negro?

Por estes dias o preço do petróleo vence patamar atrás de patamar, incluindo o dos $75, com várias consequências negativas - inflação-importada, dificuldades acrescidas com as contas externas, e empobrecimento, porque gastamos mais com esse input fundamental das nossas vidas.

Existem factores fundamentais que justificam, pelo menos parcialmente, as recentes subidas. Refiro-me aos aumentos do consumo energético da China e da India, à instabilidade política gerada pela corrida nuclear do Irão, às políticas da OPEP para reduzir a expansão da oferta e, claro, ao desaparecimento das reservas petrolíferas no futuro.

Um cenário simpático - de mal, o menos! - é o de estarmos a viver uma bolha especulativa no preço do petróleo, alimentada pelos contratos de futuro. O Wall Street Journal discutia recentemente essa possibilidade.

A apreensão relativamente ao preço do petróleo justifica a compra de contratos de Futuros, que permitem fixar hoje o preço de compra para daqui a três, seis ou nove meses. Parte dessas compras de Futuros têm como contrapartida investidores que vendem Futuros, precavendo-se com a compra imediata de Petróleo, que é armazenado até ao momento de vencimento dos contratos. Isto tem gerado stocks enormes de petróleo, o que significa uma pressão acrescida do mercado à vista, que tem de satisfazer não apenas a procura contemporânea mas também a acumulação de stocks. E o preço tem disparado em consonância. A impossibilidade prática de continuar neste processo de acumulação de stocks, devia gerar uma redução dos preços. E isso era uma boa notícia.

Uma martingala para lisboa?

Abriu na semana passada o Casino de Lisboa, no antigo Pavilhão do Futuro da Expo 98, com as suas 800 slot machines e as 22 mesas de jogo.

Como é sabido não é possível transformar um jogo equitativo (ou seja, com um ganho esperado nulo) num jogo favorável, enfrentando um número finito de jogos. Podemos no entanto considerar um esquema de apostas, com algumas características favoráveis. Estou a pensar na Martingala de São Petersburgo (não confundir com o Paradoxo de São Petersburgo), de Emile Borel, discutida em Probabilité et certitude, um pequeno livro da colecção Que sais-je? (Nº 445, de 1950).

A Martingala de São Petersburgo pressupõe basicamente que se vão duplicando as apostas o que permite, no momento de ganho, cobrir as perdas sofridas anteriormente e ainda ter algum lucro. Mas claro que antes de isso acontecer a pessoa pode ficar sem liquidez, apenas tendo encaixado perdas. E isso é favorecido pelo facto do jogo não ser equitativo.

Valem as palavras avisadas de Pedro Hubert, terapeuta de jogadores compulsivos, que, em entrevista a Ana Henriques ("As máquinas viciam mais que a roleta", Público, 18 de Abril), quando questionado sobre conselhos para as pessoas com vício de jogo, respondeu: "Não irem lá. As principais regras - vá com determinado montante de dinheiro e hora marcada para se vir embora; não frequente estes locais quando se encontra sob stress; não vá lá para ganhar dinheiro; encare o jogo como uma forma de lazer e não como um desafio - só resultam para as pessoas que não têm problemas de dependência".

terça-feira, abril 25, 2006

25 de Abril sempre!

segunda-feira, abril 24, 2006

Pressas

quarta-feira, abril 19, 2006

Tabaco nos cafés: a concertação silenciosa

A proibição de fumar nos cafés e restaurantes acolhe alguma aprovação dos consumidores – a dos não-fumadores e de alguns fumadores. Mas é curioso observar que raramente é proibido fumar nesses locais. Em Lisboa recordo-me apenas do CAM da Gulbenkian e da sua excelente cafetaria (smoke-free building) e do Espaço Ágora na estação dos CTT dos Restauradores que tem uma área não fumadora.

Admitindo que 1/3 das pessoas frequentadoras de cafés e restaurantes são não-fumadoras – pois é, acho que é menos de metade – era de esperar que alguns estabelecimentos fossem isentos desse "flagelo". Parece-me que uma situação de equilíbrio (uma espécie de equilíbrio de Nash com estratégias mistas) ocorreria com cerca de 1/3 dos espaços em regime de não-fumador. Este valor poderia ser alcançado através de algum ajustmento gradual. Por exemplo, se o ponto de partida fosse apenas de 1/5 dos espaços dedicados a não-fumadores, deveria ser aliciante para alguns profissionais alinharem com a moda e proibirem o fumo, investindo assim na clientela não-fumadora.

Aquela segregação não acontece e um não-fumador é frequentemente ensanduichado entre dois ou três fumadores e fustigado pelo fumo alheio, sobretudo nos cafés acanhados.

Admitamos que um café "inovava". De um só golpe despedia-se de 2/3 ou de metade da sua clientela (fundamentalismos não!) e, só com o tempo, conseguiria novos clientes. O panorama não é nada atraente! Daí ninguém fazer "ondas". Ocorre uma concertação silenciosa.

Mas não me parece nada líquido que os cafés perdessem com uma proibição geral. Os fumadores permaneceriam menos tempo nesses espaços, mas suponho que não abdicariam do seu cimbalino ou do lanche.

terça-feira, abril 18, 2006

Danos colaterais

segunda-feira, abril 17, 2006

As parcerias público-privadas...

... significam que o Estado se demite de ser eficiente, de se organizar correctamente, de fazer bem feito o que se compromete perante a Sociedade - e os Privados ganham dinheiro a dar uma ajudinha ao Estado, em vez de gerarem valor a competirem entre si e com as empresas estrangeiras. Perdemos todos, excepto os actores das "parcerias".

domingo, abril 16, 2006

Gerações sobrepostas

Quase-liberdade: pulgão e formiga

quinta-feira, abril 13, 2006

Qual é o activo financeiro...

... com muito risco, preferido pelo cidadão comum, e que não exige uma transacção na Euronext-Lisboa?

Resposta: Nãov alel ers emp ens arpri meiro!... Umaapo stan oeurom ilhõ es, comp ra da alin oqui os que dae squi na.

terça-feira, abril 11, 2006

O Instinto Fatal II...

... não é muito mais moralista do que o I, além de ser mais confuso?

domingo, abril 09, 2006

Domingo

Blog Trashed by Mandarin